Eu vou sair por aquela porta
Que eu desenhei pra minha fuga daqui
Eu vou atravessa-la e nada será como antes
Por que quando aquela fechadura se fechar atras de mim
Nada lá dentro vai me importar
Uma porta de madeira folhada a cor de acácias
Trincos prateados, mas nao espelhados
Tudo que eu deixei lá não vai me seguir
Cada gaveta repleta de coisas minhas,
e lembranças de todos os anos que passaram.
Eu tenho que andar pelo vale e pelas colinas sozinha
Eu entendi desde cedo que eu o que quer que eu faça terei que fazer sem companhia
Cada tijolo da minha nova casa vai ser colocado pelas minhas próprias mãos
Pintarei da cor que for mais próxima de quem sou hoje
Todos os móveis não podem ser mais os mesmos
Os rodapés estarão sem nenhum vestígio das presenças do passado
As luzes iluminaram novas ideias e fotografias da jornada a partir de agora
A poltrona onde repouso meus ossos terá cor das folhas do eucalipto
Nas prateleiras não estarão triunfos antigos,
somente livros que fazem minha mente hoje
Serei a mulher que corre como os lobos.
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